Localizada no Alto Paranaíba, Araxá aposta no retorno da atividade como motor para impulsionar o turismo e a economia locais. A cidade tem tradição nesse segmento: em 1944, foi palco da inauguração do primeiro cassino do Brasil, no Grande Hotel Termas.

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ítalo Marcus Borges, a medida reflete o preparo do município para atender às futuras exigências federais. “Temos vantagens competitivas, como o complexo com resort, áreas de expansão e fácil acesso a São Paulo e Goiás. Araxá também é a cidade mais segura do Estado e possui um IDH acima de 0,77, fatores que atraem investimentos”, afirmou.

Borges destacou ainda que a reabertura de um cassino pode estimular toda a cadeia econômica. “A expectativa é que o empreendimento fortaleça o comércio e a prestação de serviços, com impactos positivos em setores como saúde, segurança e educação”, disse.

Turismo em expansão

Araxá já se consolidou como polo de turismo e negócios em Minas Gerais. Atualmente, dispõe de 2.700 leitos na rede hoteleira e tem previsão de inaugurar dois novos hotéis ainda em 2025. A cidade também realiza anualmente cerca de 20 eventos de destaque, incluindo a Expoqueijo, que alcança repercussão internacional.

Cenário nacional

No Congresso, a discussão avança com o Projeto de Lei 2.234/2022, que autoriza cassinos, bingos e jogos correlatos. A proposta já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e aguarda votação em plenário. Caso avance, a regulamentação federal definirá critérios de licenciamento, exigências de infraestrutura (como a instalação de cassinos em resorts ou hotéis de alto padrão) e mecanismos de controle social.

Uma das emendas aprovadas na CCJ prevê a instalação de até três cassinos em Minas Gerais — cenário no qual Araxá busca se posicionar como candidato natural.