Ministério da Fazenda notificou 33 instituições por trabalhar com bet ilegal
Monday 12 de May 2025 / 12:00
2 minutos de lectura
(Brasilia).- A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF) notificou 33 instituições financeiras e de pagamentos que deram curso a transações para plataformas de bets ilegais e pode levar multas de até R$ 2 bilhões.

O governo deu 10 dias de prazo às instituições que já foram alertadas, para que enviem os esclarecimentos solicitados pela SPA. Caso se entenda que agiram de má-fé e não adotaram medidas para barrar as operações irregulares, um procedimento administrativo é iniciado e as entidades podem ser multadas.
A pasta não informou os nomes dos alvos das notificações. Procurada, a ABFintech, que representa parte das instituições do setor, afirmou que há um consenso no mercado de que as plataformas de apostas devem contratar exclusivamente instituições financeiras ou de pagamento devidamente reguladas. A entidade afirma ainda que ficou estabelecido que as instituições de pagamento, no caso as fintechs, se comprometeram a prestar serviços apenas a plataformas autorizadas e regulares, conforme o novo arcabouço regulatório.
Já a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) encaminhou posicionamento reforçando a preocupação com “aspectos sociais e econômicos” dos jogos, como o risco de aumento de endividamento.
Em março deste ano, a SPA publicou uma portaria que determina que as instituições de pagamento devem reportar quaisquer atividades suspeitas das bets. Caso elas identifiquem indícios de que uma plataforma está operando no país sem autorização, devem comunicar o órgão em até 24 horas após tomarem conhecimento da operação ou identificarem dados que apontem para a irregularidade.
No comunicado, é necessário detalhar os motivos da suspeita e enviar informações específicas sobre a conta de depósito ou de pagamento vinculada ao suposto operador irregular, além do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e a razão social da empresa suspeita, data de início do relacionamento e chave Pix vinculada, se houver.
A portaria proíbe ainda que as instituições mantenham contas para empresas de apostas que não tenham autorização do Ministério da Fazenda para operar no país. Também fica vedado o depósito de recursos ou prêmios nessas contas.
Entre fintechs que atuam no setor, a regra levou a um descredenciamento em massa de plataformas ilegais de apostas. Na Pay4Fun, por exemplo, que atua com cerca de 30 plataformas de bets, mais de 600 sites foram desconectados, conta o CEO da instituição, Leonardo Baptista.
Segundo o executivo, a companhia realiza um levantamento documental sobre os sites que requisitam os serviços da empresa. Assim que a financeira é procurada por uma plataforma, conduz um processo conhecido como KYM, sigla para “know your merchant” (conheça seu comerciante). “Com isso, verificamos na SPA a licença, se essa empresa consta como uma das empresas autorizadas para poder operar no país”, diz.
O cerco aos sites de apostas ilegais começou a se fechar em 1º de janeiro deste ano, com a entrada em vigor da regulamentação do setor. Na avaliação do presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), Fernando Vieira, o marco legal é positivo e funciona bem, mas o mercado ilegal segue sendo um desafio a ser superado. A associação atua com as casas regulamentadas no país para combater ilegalidades no segmento e estima ter 75% do mercado brasileiro regulado.
O instituto estima que cerca de 50% do mercado de apostas ainda opera na ilegalidade. Diante disso, aponta o “estrangulamento das operações financeiras” como forma de combater o problema.
“Ainda existe uma proliferação muito grande de sites de apostas ilegais. Então, por onde é o mecanismo que nós entendemos e temos trabalhado para tentar asfixiar esse mercado ilegal? É através da movimentação financeira, porque qualquer aposta, para se concretizar, vai necessitar de uma transação financeira, um Pix”, explica Vieira.
Para evitar a proliferação de plataformas irregulares, o IBJR envia relatórios quinzenais com denúncias à Secretaria de Prêmios e Apostas. “As denúncias não são apenas sobre sites e operadoras ilegais, mas também sobre as transações financeiras por trás dessas apostas ilegais”, disse.
A entidade já formalizou cerca de 150 denúncias para a SPA. Com as informações, a expectativa é que a pasta trabalhe junto com o Banco Central (BC) para “sufocar as operações ilegais”. Com isso, Vieira acredita que o mercado de apostas se tornará mais sustentável e que o “consumidor será direcionado para o mercado legalizado, que é onde a regulamentação brasileira traz muitos mecanismos de proteção”.
Entre outubro de 2024 e maio deste ano, a SPA determinou o bloqueio de cerca de 13 mil sites de apostas ilegais no Brasil, segundo apurou o Valor. Atualmente, o Ministério da Fazenda analisa 36 pedidos de empresas que buscam autorização para operar apostas de quota fixa no país.
Até agora, foram concedidas 71 licenças definitivas para 69 empresas. Cada companhia pode ter até três domínios (sites de apostas) vinculados à sua licença. Segundo a SPA, duas empresas adquiriram duas licenças cada, pagando R$ 60 milhões pelo direito de explorar até seis marcas comerciais.
Para obter a licença definitiva, é preciso pagar antecipadamente uma outorga de R$ 30 milhões. Com as empresas já regularizadas por meio de ato administrativo da SPA, o governo arrecadou R$ 2,16 bilhões em outorgas.
Categoría:Legislation
Tags: Sin tags
País: Brazil
Región: South America
Event
SBC Summit 2025
16 de September 2025
Sportradar no SBC Summit Lisboa 2025: IA, integridade e a crescente influência do Brasil no jogo global
(Lisboa, Exclusivo SoloAzar).- Fernando Mora, Executivo Sênior de Vendas da Sportradar, reflete sobre a importante presença da empresa no SBC Summit 2025, onde a inovação, o crescimento responsável e o protagonismo do Brasil estiveram em destaque. Descubra como a Sportradar está moldando o futuro das apostas esportivas por meio de soluções baseadas em IA e alianças globais.
ProntoPaga se consolida no SBC Summit Lisboa como líder em pagamentos digitais para o iGaming na América Latina
(Lisboa, Exclusivo SoloAzar).- Juan Carlos Loza, Líder de Vendas Latam da ProntoPaga, compartilhou os avanços e conquistas da empresa no SBC Summit Lisboa 2025, onde alcançaram um recorde de reuniões estratégicas. A companhia apresentou sua solução 360° para o ecossistema iGaming, destacou sua liderança em pagamentos locais e payouts instantâneos, além de antecipar as tendências tecnológicas que moldarão o futuro do setor na região.
Amusnet apresenta inovação e compromisso social no SBC Summit 2025
(Sofia).- A Amusnet deixou sua marca na edição deste ano do SBC Summit Lisboa, realizado entre 16 e 18 de setembro, onde atuou como Patrocinadora Premium do maior evento da indústria. A provedora de soluções completas para cassinos apresentou seu portfólio em expansão a mais de 30 mil profissionais, aproveitando também a plataforma para destacar sua estratégia de expansão internacional e seu compromisso com a responsabilidade social corporativa.
SUSCRIBIRSE
Para suscribirse a nuestro newsletter, complete sus datos
Reciba todo el contenido más reciente en su correo electrónico varias veces al mes.