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Informes & Datos

Brasil perde R$ 38,8 bilhões por ano com apostas online, aponta estudo

Segunda-feira 08 de Dezembro 2025 / 12:00

2 minutos de lectura

(Brasília).- Jogos de azar e apostas online, popularizadas pelas chamadas bets, geram perdas econômicas e sociais estimadas em R$ 38,8 bilhões por ano no Brasil, segundo um estudo recente que analisa os impactos do setor sobre a saúde e o bem-estar da população.

Brasil perde R$ 38,8 bilhões por ano com apostas online, aponta estudo

O dado é do estudo inédito “A saúde dos brasileiros em jogo”, divulgado nesta semana, que avalia os efeitos da rápida expansão das apostas online no país. O valor corresponde ao somatório de danos à sociedade, incluindo suicídios, depressão, desemprego, gastos com saúde, encarceramento e perda de moradia.

Para dimensionar o impacto, o montante estimado equivaleria a uma expansão de 26% no orçamento do programa Minha Casa, Minha Vida de 2023, ou a 23% adicionais no Bolsa Família de 2024.

O estudo é resultado de uma parceria entre o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps), a Umane e a Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental (FPSM), que reúne cerca de 200 parlamentares no Congresso Nacional.

Perdas sociais e sanitárias

Segundo os pesquisadores, o Brasil registrou 17,7 milhões de apostadores em apenas seis meses, e cerca de 12,8 milhões de pessoas estão em situação de risco em relação às apostas, com base em levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Inspirados em estudos britânicos sobre os efeitos dos jogos de azar, os autores projetaram perdas diretas e indiretas no Brasil, chegando aos seguintes números:

  • R$ 17 bilhões em mortes adicionais por suicídio
  • R$ 10,4 bilhões por perda de qualidade de vida associada à depressão
  • R$ 3 bilhões em tratamentos médicos para depressão
  • R$ 2,1 bilhões com seguro-desemprego
  • R$ 4,7 bilhões em custos de encarceramento por atividade criminal
  • R$ 1,3 bilhão relacionados à perda de moradia

Do total estimado, 78,8% (R$ 30,6 bilhões) correspondem a custos ligados à saúde.

“Estudos internacionais recentes demonstram a associação entre o transtorno do jogo e o agravamento de quadros de ansiedade, depressão e aumento do risco de suicídio”, destaca o documento, que utilizou estimativas monetárias para medir perdas de qualidade e duração de vida.

Retorno econômico considerado insuficiente

De acordo com dados do Banco Central, os brasileiros destinaram cerca de R$ 240 bilhões às bets em 2024. Além disso, beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas via Pix, apenas em agosto do mesmo ano.

Embora as apostas tenham sido legalizadas em 2018 e regulamentadas apenas em 2023, a arrecadação chegou a R$ 6,8 bilhões até setembro, alcançando posteriormente cerca de R$ 8 bilhões. Mesmo considerando uma projeção anual de R$ 12 bilhões, o estudo aponta que os custos sociais superam amplamente o retorno fiscal.

O relatório também classifica o impacto econômico do setor como irrisório em termos de geração de emprego e renda. Segundo os dados, o segmento mantinha apenas 1.144 empregos formais, e a cada R$ 291 de receita, apenas R$ 1 era convertido em salário formal.

Os trabalhadores do setor recebem somente 0,34% das receitas geradas, e 84% não contribuíram para a previdência em 2024, evidenciando elevado nível de informalidade.

Atualmente, as apostas são tributadas em 12% sobre a receita bruta. No Senado, tramita o Projeto de Lei nº 5.473/2025, que propõe elevar a alíquota para 24%. Além disso, os apostadores pagam 15% de Imposto de Renda sobre prêmios.

Os autores criticam o fato de que apenas 1% da arrecadação com bets seja destinado ao Ministério da Saúde, o que até agosto representou cerca de R$ 33 milhões, sem vinculação orçamentária específica para financiar ações da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do SUS.

Lobby, CPI e concentração de mercado

O estudo também aponta que a prática das apostas online é fomentada por um forte lobby comercial, apesar dos impactos negativos à saúde pública. O tema foi alvo da CPI das Bets, que investigou o impacto das apostas no orçamento das famílias, possíveis ligações com o crime organizado e a atuação de influenciadores digitais.

O relatório final da CPI, que pedia o indiciamento de 16 pessoas, acabou rejeitado — um desfecho considerado inédito no Senado nos últimos dez anos.

Referência internacional e propostas para o Brasil

Como referência, os pesquisadores citam o modelo britânico, que adota medidas mais rigorosas de controle e mitigação de danos, como:

  • Autoexclusão com bloqueio voluntário por até cinco anos
  • Publicidade restrita, proibida para menores e sem associação a solução de problemas financeiros
  • Destinação de cerca de 50% da arrecadação das casas de apostas para o tratamento de pessoas afetadas

Com base nessa experiência, o Ieps propõe cinco caminhos para o Brasil:

  1. Ampliar a parcela da arrecadação destinada à saúde
  2. Capacitar profissionais do SUS para acolhimento e tratamento
  3. Proibir ou restringir propagandas e promover campanhas nacionais
  4. Restringir o acesso de menores e grupos de risco
  5. Estabelecer regras rigorosas para empresas, com monitoramento e prevenção à corrupção

Segundo o instituto, se o Estado optar pela legalização plena do setor, será necessário mitigar os danos e assegurar mecanismos sólidos de redução de riscos.

Reação do setor

Em resposta, o Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR), que reúne empresas responsáveis por cerca de 75% do mercado, manifestou oposição a novos aumentos de impostos.

A entidade argumenta que uma tributação excessiva pode fragilizar o setor regulado, estimular a migração de operadores para o mercado clandestino e, como consequência, reduzir a arrecadação e a competitividade do mercado legal.

Categoría:Informes & Datos

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País: Brasil

Región: Sudamérica

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